5 fatores que limitam a liberdade pessoal

Hoje, 25 de abril, o Dia da Liberdade em Portugal, levou-me a algumas reflexões sobre a liberdade pessoal, interna, para além da liberdade política.

Ocorrem-me cinco fatores que podem limitar a liberdade pessoal, que venho partilhar consigo.

O conceito de liberdade é um dos principais valores da civilização ocidental. Sendo um valor, ou seja, um conceito abstrato, multifacetado e bastante genérico, a sua aplicabilidade depende em parte da interpretação e experiência pessoal de cada indivíduo. O que uma pessoa considera ser livre, pode não coincidir com o que pensam os outros.

Explorado por filósofos, estudiosos, e pensadores durante séculos, parece haver uma convergência sobre o conceito de liberdade em torno da ideia de estar livre de constrangimentos externos e de ter a capacidade de fazer escolhas que se alinhem com os valores e objetivos de cada um.

Exemplos de constrangimentos externos seriam o nível de liberdade política, liberdade financeira, liberdade de expressão, liberdade de género, etc.

Em termos sociais, há um consenso no sentido de que a liberdade de uma pessoa acaba onde começa a liberdade da outra. A discussão de como isto se traduz na prática, torna inevitável uma tensão constante entre a liberdade individual e a responsabilidade social.

A segunda parte da definição de liberdade acima fala de capacidade de fazer escolhas alinhadas com os valores e objetivos de cada um.

Este aspeto é primordial para a conquista da liberdade tanto pessoal como coletiva. A pergunta a que procuro responder é: o que pode impedir alguém de fazer essas escolhas alinhadas na conquista da liberdade pessoal?

Para tal, falarei de cinco fatores básicos que limitam a liberdade pessoal.

  1. Objetivos indefinidos

Significa que não há escolhas de vida definidas. Não há uma resposta clara para perguntas como: o que eu quero fazer com o meu tempo? Como quero viver? O que quero concretizar? Como quero me relacionar?

As perguntas podem incidir em todas as áreas da vida. Podem até levar à conclusão de que não quer estabelecer objetivos concretos, o que pode ser em si um objetivo, desde que seja uma escolha consciente.

A indefinição de objetivos pode também ser consequência de baixa autoestima, crenças limitadoras em relação às próprias capacidades ou em relação à realidade externa. Ou, ainda, uma atitude de afastamento daquilo que não quer, sem definir aquilo que quer em substituição.

Assim, a falta de objetivos pessoais pode levar a abraçar objetivos de outras pessoas, sem considerar as próprias necessidades e preferências, o que limita a liberdade pessoal de alinhar-se consigo mesmo

 

  1. Fraco Autoconhecimento

Para fazer escolhas alinhadas e definir objetivos congruentes é necessário tomar consciência dos próprios valores, aquilo que tem maior importância para si e cuja falta põe em causa o seu bem-estar físico, emocional e espiritual. Tomar consciência das próprias necessidades e preferências.

Conhecer ou definir um propósito de vida com base nos seus valores será importante tanto para definir quanto para alinhar os seus objetivos de vida.

Por outro lado, descobrir as próprias convicções que limitam as escolhas, como a ideia de não ser capaz ou de não ser merecedor de determinados resultados.

 

  1. Capacidade de dizer Não

Depois de tomar consciência clara das próprias necessidades, preferências e valores, é necessário estabelecer limites às interferências e demandas de outras pessoas e poder assim, exprimir claramente as suas escolhas.

O principal obstáculo para dizer Não ou Sim ao outro de forma honesta para consigo mesmo, é o medo. Tanto o medo do julgamento, quanto o medo da rejeição ou de perder o afeto da oura pessoa.

Essa é uma das maiores limitações da liberdade pessoal.

 

  1. Resiliência

Para manter o foco e concretizar os objetivos convém fortalecer a resiliência, a capacidade de lidar com frustrações e situações mais desafiantes. Esses tipos de eventualidades fazem parte da vida. Na concretização de objetivos, as frustrações e desafios ajudam no autoconhecimento, na aprendizagem do melhor caminho e das fragilidades a serem superadas para realizar as suas escolhas

 

  1. Flexibilidade

É fundamental para encontrar novas formas de resolver as questões e obstáculos no caminho: se aquilo que estiver a fazer não produzir os resultados desejados, faça de outra forma. A flexibilidade ajuda também na consideração da responsabilidade social, ao estabelecer os próprios parâmetros de liberdade pessoal.

 

O âmago da liberdade pessoal está o nosso próprio pensamento ou mindset.  Para libertar-se dos grilhões internos e viver com liberdade genuína, o caminho mais fácil é escolher e seguir uma das muitas vias que existem, desde a psicoterapia ao coaching, passando pelas diferentes formas de terapia e práticas espirituais. Os cursos de Programação Neurolinguística e o Coaching Neurolinguístico, que são as áreas com que trabalhamos no InPNL, apresentam um caminho claro, com base no estudo da estrutura subjetiva humana. Oferecem uma vasta coleção de ferramentas para aprofundar o autoconhecimento, superar os fatores que limitam a liberdade pessoal e usufruir de um maior  bem-estar pessoal, equilíbrio e sensação de realização pessoal.

25 de abril de 2023

Luzia Wittmann